Um general do desgoverno
bolsonaro sugere reverência semanal à bandeira do Brasil (Bolsonaro, ao contrário, prefere reverenciar a Bandeira dos EUA). Não vou citar o nome
do general, pois era um desconhecido e daqui a pouco tempo será sempre um
desconhecido. Basta dizer general para que possamos imaginar, sem erro, o seu
perfil: alguém dotado de uma capacidade mental subutilizada, capaz de, ocupando
um alto posto na hierarquia governamental, falar abobrinhas inaproveitáveis,
insignificantes e toscas. Não ouço dos generais brasileiros uma palavra de
carinho, de ânimo, de amor ao povo ou à pátria brasileira.
Qual a formação desses oficiais?
Que livros leem? Por acaso aprendem apenas sobre guerras e não sobre paz? Sobre
subserviência (aos EUA) e não sobre soberania? Leram “A arte da guerra”, de Sun
Tzu e conseguiram, nas entrelinhas, apreender lições sobre a vida? E “É
isto um homem”, de Primo Levi.? Tem algum escritor preferido? Já leram algum
poema ou romance? São perguntas que fazemos diante da homogeneização do pensamento militar
brasileiro, sempre à direita, sempre subserviente.
Reverenciar uma bandeira, no fim
das contas um pedaço de pano, mesmo com um significado emotivo, me lembra o
reverenciar o bezerro de ouro da bíblia, seria mais um conselho de algum pastor picareta, interessado apenas no dinheiro dos fies, fies estes que pensam que podem
compra deus com dinheiro, é risível, mas traz estragos à sociedade.
Moramos todos num mesmo planeta,
um pequeno ponto azul dentro da imensidão do Universo, frágil, a mercê de cataclismos naturais. Um meteoro
ou um supervulcão, como o de Yellowstone, nos EUA,
acabariam com a nossa mesquinha e malévola espécie. Bandeiras e fronteiras, no
final das contas, servem apenas para exacerbar o xenofobismo, o racismo, o
pré-conceito com os migrantes. Somos um só povo, vivemos num só muno: o planeta Terra, ansiosos por subsistirmos unidos e
em harmonia com a natureza. Ouçamos os poetas, ouçamos o Mestre Raul Seixas.
Patriotismo, nacionalismo, de verdade, é
proteger nossas riquezas e não há um general que o faça publicamente, – se é
que há os que o façam na vida privada, impedidos de se pronunciar pela
hierarquia pré-histórica das forças armadas – nenhum protesto contra a venda da
Embraer; a entrega de Alcântara; a destruição da Petrobrás, da Eletrobrás; a
favor das nossa riquezas minerais; ao contrário, em 2018, o ministro do exército
general Eduardo Villas Bôas ameaçou o STF – acovardado, como falou Lula – com um golpe, caso
fosse concedido habeas corpus ao Maior Presidente que este país já teve, este sim um grande nacionalista.
Ou seja, os militares não jogam o
jogo democrático, mas o da chantagem; não trabalham à luz do dia, mas na
surdina. Por que fazer proselitismo com a bandeira e o patriotismo do povo? No
mínimo, falta de respeito.
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