Trump
é igual a Hillary, que é igual a Obama, que é igual a Bush que é
igual a toda quadrilha. Quem não rezar pela cartilha de Wall Street
e do complexo industrial militar é convidado a sair de cena. Lembram de
Kennedy? Aquele mesmo que apoiou e financiou o golpe fascista de 1º
de abril de 1964. Obama, honrando a tradição, apoiou e financiou o
golpe de Temer et caterva.
Donald
Trump foi eleito ontem, 08/11/2016, presidente dos EUA, a maior
potência bélica do mundo. O país mais agressivo e carniceiro da
história mundial. A democracia made in USA mostra a sua verdadeira
face: a viagem rumo ao fascismo. O capitalismo não é compatível
com a verdadeira democracia.
Hitler,
Mussolini e Temer não chegaram ao poder através do voto popular, o
que é uma contradição aos princípios da chamada democracia
ocidental ou estadunidense, “todo poder emana do povo”.
Mas sim através de manobras escusas, ilegais e inconstitucionais,
através de golpes, apoiados em instituições republicanas
corroídas, acovardadas, cooptadas, a grande mídia, grandes
empresários, etc. Trump chegou lá através do voto. Este fato é um
marco na história do colapso de um modelo falido de
democracia representativa.
Seria
a eleição de Trump um sinal de que este modelo se esgotou? Claro
que não. Este sinal está aí faz tempo, só não enxerga quem não
quer sair da caixinha, por interesse ou alienação. É que agora a
coisa ficou clara, desenhada. Ninguém, a não ser com muita má-fé
ou muito interesse vai negar tal marco histórico.
Não
só nos EUA, que já elegeu outros Trumps, a exemplo de Reagan, Bush
e Obama, mas também no Brasil, a exemplo de Collor e FHC II, o poder
econômico é quem determina, no lugar do povo, para onde o pêndulo
da vitória deve indicar o movimento não alternado.
A
diferença entre Trump e Reagan, Bush, Obama, Collor,
FHC II, Temer
é o discurso.
Trump diz tudo o que pensa, nem
tem papas na língua e sabe que muitos ouvidos estão ansiosos por
suas palavras, os
outros são hipócritas, mas tão ou mais canalhas.
Trump
não
se
preocupa com as
críticas de ninguém
a
sua verborragia fascista,
racista,
xenófoba,
misógina.
O
seu discurso encontra um leito macio
preparado
na
população
que foi
inflamada
pelo ódio através de uma mídia canalha e monopolista, cá e lá.
Quem
acha que a mídia dos EUA é plural, se engana. Lá como cá
existem as Globos golpistas. Vamos
ler mais Noam
Chomsky.
Mas,
fica a pergunta: existem outras formas de se exercer a democracia?
Existem sim, com certeza. Algumas que até nós desconhecemos
historicamente, pois, poucas e selecionadas informações nos são
repassadas sobre os países que estão fora do eixo dos EUA, Europa
ocidental e Israel. Cito dois exemplos: a Venezuela e a ex-Líbia.
Mas tudo que vai de encontro ao pensamento único é demonizado pela
grande mídia hegemônica e cristã a serviço do capital.
Tanto
na Venezuela quanto na ex-Líbia os conselhos populares tinham, ou
têm, vez e voz. Na Venezuela existem cinco poderes republicanos:
Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Conselhos
Populares; na ex-Líbia, destruída e saqueada pelos EUA, Inglaterra
e França, que dividiram o butim, existiam centenas de conselhos ou
mini-congressos que tinham a última palavra sobre qualquer assunto,
sendo suas decisões soberanas inclusive para o ex-presidente Kadafi.
Por
coincidência, as formas de democracia que fogem ao modelo
estadunidense foram implantadas em países, ou ex-países, como a
Líbia, inimigas da grande mídia e dos EUA e seus lacaios aliados:
Inglaterra, França e a Arábia Saudita, está última a pior e mais
cruel ditadura existente hoje no planeta e aliada do Grande Satã.
A
eleição de Trump não muda nada, tanto nos EUA quanto no mundo. A
população estadunidense continuará a empobrecer; continuará a não
ter um sistema de saúde pública; continuará sem vez e sem voz e
sempre
a serviço de Waal Street.
As guerras de saque continuarão a acontecer; a
onda de ódio, junto com o crescimento do fascismo, continuarão a
aumentar, até
que um tsunami
nos conduzam a uma guerra mundial: ocidente versus
Rússia
e China ou a um mundo distópico dos nossos piores pesadelos.
Quem
mada nos EUA não é o presidente eleito ou o congresso, os chefões
são Wall
Street e o complexo industrial
militar, ou seja, dinheiro, guerras e drogas, todos os outros atores
são apenas paus mandados, ou como diz o jornalista Paulo Nogueira, do DCM, fâmulos.