Benevolência ou sabedoria?
Para Confúcio, não há apenas um tipo de caráter ideal, mas uma variedade deles.
O mais alto é o sábio ("sheng jeng").
Esse ideal é tão alto que quase nunca se realiza.
Confúcio alegava que ele próprio não era um sábio e dizia que nunca havia visto tal homem.
Ele disse: "Como posso me considerar um sábio ou um homem benevolente?" (VII.26).
A única vez que ele indicou o tipo de homem que mereceria o adjetivo foi quando Tzu-kung lhe perguntou: "Se houvesse um homem que desse generosamente ao povo e trouxesse auxílio às multidões, o que você pensaria dele? Ele poderia ser considerado benevolente?".
A resposta de Confúcio foi: "Nesse caso não se trata mais de benevolência. Se precisa descrever tal homem, 'sábio' é, talvez, a palavra adequada" (VI.30).
CONFÚCIO. Os Analectos. Tradução do inglês de Caroline Chang; tradução do chinês, introdução e notas de D.C. Lau. Porto Alegre, RS: L&PM, 2015, p. 14.
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