Tenho tanto ódio, hoje, no meu coração, que com
ele daria para fazer uma bomba atômica. A bomba atômica que nesta hora, em que
nossa democracia é assassinada, nos faz falta para peitarmos os imperialistas
estadunidenses.
Vejam se os canalhas peitam a Coreia do Norte?
É mais ou menos como as polícias militares, são violentos contra os
pobres e os negros da periferia e se cagam de medo dos traficantes.
Quem pensa que os EUA não tem nada com a deposição de Dilma, ou é burro
ou tem seus interesses. E que interesses!
Assim também se dizia, quando do golpe fascista de 1º de abril de 1964,
que depôs Jango. Não havia interferência dos EUA ou de qualquer país
estrangeiro: Mentira!
Pensadores sérios, como Moniz Bandeira, de imediato apontaram o dedo dos
canalhas estadunidenses no golpe que levou o país a 21 anos de trevas que ainda
não se dissiparam, ao contrário, estão presentes no Legislativo e no Judiciário
que apoiaram este novo golpe.
Posteriormente, com a publicação de documentos secretos do próprio
governo dos EUA, tudo estava lá, entre outras coisas: i) gravações de Kennedy
apoiando o golpe; ii) porta-aviões na baia da Guanabara; iii) toneladas de
armas e munições enviadas via São Paulo. Tudo para caso houvesse reação ao
golpe, transformar o Brasil em um novo Vietname.
Caminhamos. Uma redemocratização tutelada pelos militares. Um judiciário
corrupto e golpista e estamos em nova ditadura. Não dá para ser feliz desta
maneira.
O governo ilegítimo e todos que o apoiam, conscientemente ou não, não
merecem respeito e são inimigos do povo. Meus inimigos pessoais.
Os militares torturadores de 64 não foram punidos e como herança vemos
as polícias militares, e os próprios militares, desrespeitando o povo. Acusam a
todos, como se fossem seus inimigos, de desacato, enquanto desacatam as
pessoas.
Nojo! Impotência! Revolta! Sou uma bomba ambulante.